sexta-feira, 30 de julho de 2010

Em defesa da punição dos culpados pelo assassinato de mulheres!

Em defesa da punição dos culpados pelo assassinato de mulheres!

O saite Portogente publicou artigo sobre a prisão do goleiro Bruno, envolvido no assassinato de uma de suas namoradas. Em seguida um leitor chamado Aderaldo (não sei se o nome é verdadeiro), de Brasília postou comentário escandalosamente machista e preconceituoso.

Não pude deixar de me manifestar e respondi:

Por princípio, tendo a não responder às pessoas que parecem se utilizar do anonimato para dizer o que pensam. Aprendi que isso se chama covardia!
Como é possível alguém culpar as mulheres, mesmo após tantos crimes cometidos contra elas?

Basta acompanhar o noticiário para listar quantas foram assassinadas por aqueles com quem tiveram relacionamentos amorosos. Mesmo após a mudança do código civil, alguns homens ainda se sentem no direito de agirem "em legítima defesa da honra".

Não questiona o modelo econômico que incentiva o consumismo, ou a indústria da beleza que induz as meninas a utilizarem o corpo para fazer sucesso. Ao contrário, os mesmos homens que desprezam as mulheres que não estão na forma física proposta pela mídia culpam aquelas que, no vigor da juventude, beleza e seguidoras dos padrões machistas de serem "mulher objeto".

Não é possível que, em pleno século XXI, a mulher tenha que ser responsabilizada por sua própria morte!

Meus pêsames "Aderaldo", mas torço para que você ao menos reflita sobre os acontecimentos. Penso que você tem mãe, irmãs, mulher, namorada ou filhas.....

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Mulheres querem retificação de Programa Eleitoral do candidato José Serra

A Ong Parto Vivo encaminhou carta aberta ao candidato José Serra criticando e solicitando retificação do Programa Eleitoral. Leia a seguir:

Carta Aberta a José Serra

Necessidade Urgente de Retificação do Programa Eleitoral do Candidato José Serra
A Parto do Princípio – Mulheres em Rede pela Maternidade Ativa entende como propaganda enganosa o trecho do vídeo do Programa Eleitoral do Candidato José Serra exibido em cadeia nacional de rádio e televisão no dia 17 de junho de 2010.
Transcrição realizada através da cópia das legendas do vídeo disponível em: http://joseserra.psdb.org.br/noticias/serra-sabe-fazer-e-faz
(a partir do minuto 4:10 do vídeo de 10 minutos) “[...] E olha só o que ele fez pras futuras mamães: [...] O Programa Mãe Paulistana. Seis consultas de pré-natal, vale transporte, parto em hospital marcado com antecedência. Tudo de graça.”

A mensagem do vídeo pode ser comumente entendida como agendamento do parto, assim como são agendadas as cesarianas tão frequentes nos setores suplementar e privado de assistência à saúde brasileiros.

Apesar de muitas mulheres desejarem escolher a via de parto de seus filhos (parto normal ou cesariana), induzir e subentender que marcar a data do parto seria um benefício contradiz totalmente com o que é preconizado pela Organização Mundial de Saúde, pelo Ministério da Saúde, e Pelo Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal.

Ao contrário do que é sugerido pelo vídeo, no setor público as mulheres não escolhem a via de parto, sendo esta uma decisão baseada em indicações clínicas que tornem necessária uma intervenção cirúrgica. As evidências científicas indicam que a realização de uma cirurgia desnecessária aumenta os riscos de morbi-mortalidade materna e neonatal.

Outra interpretação possível da mensagem é de que haveria possibilidade de reservar vaga em hospital antecipadamente. Porém, o Programa Mãe Paulistana não contempla tal procedimento, de acordo com as informações disponibilizadas pela própria Prefeitura de São Paulo. O que existe é uma Central de Regulação que presta apoio quando há falta de vagas.

Diante dessa mensagem cujas duas possíveis interpretações carecem de fundamento, faz se necessária e urgente retificação da mensagem transmitida com nota de esclarecimento sobre os benefícios do parto normal. Solicitamos também que seja dada a devida publicidade a que o programa efetivamente propõe. Esse, sim, seria o compromisso do candidato com o que é melhor para a saúde das mulheres e seus bebês.

Vale lembrar que, em todo o Brasil, as gestantes tem direito à no mínimo seis consultas de pré-natal pelo SUS. E na cidade de São Paulo, o vale transporte e a garantia de vagas nos leitos dos hospitais públicos municipais e conveniados com o SUS são direitos das gestantes desde 2001 (Lei Municipal nº 13.211 de São Paulo aprovada e sancionada por Marta Suplicy).

Caso o candidato considere necessário expor sobre assuntos referentes à assistência à gestante durante sua gestão, sugerimos citar a Lei Estadual 13.069 de 2008 do Estado de São Paulo, que dispõe sobre a obrigatoriedade dos serviços de saúde informar sobre o direito à presença do acompanhante no parto. Apesar de até hoje não estar sendo cumprida por muitos hospitais do Estado de São Paulo, é uma lei que foi promulgada durante sua gestão. Aproveitamos para salientar que também as Leis Estadual (Lei Estadual nº 10.241 de 1999) e Federal (Lei Federal nº 11.108 de 2005) do Acompanhante no Parto continuam sendo desrespeitadas em muitos hospitais públicos e particulares do Estado de São Paulo.

Gostaríamos ainda de saber qual foi a intenção da menção de que é “Tudo de graça” quando sabemos que se trata de direitos garantidos por lei e assistência pública à saúde. Desde 1988, com a promulgação da Constituição da República, a saúde é direito de todos e dever do Estado, financiada por tributos para os quais a população inteira contribui. Não é de graça, pagamos por isso.

O Brasil não pode mais permitir propaganda enganosa.

Parto do Princípio - Mulheres em Rede pela Maternidade Ativa é uma rede nacional, com mais de 100 mulheres por todo o Brasil, que luta para que toda mulher possa ter uma maternidade consciente e ativa através de informação adequada e embasada cientificamente sobre gestação parto e nascimento.
http://www.partodoprincipio.com.br/

Mais informações, acesse:

Pacto Nacional pela Redução da Mortalidade Materna e Neonatal:
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/visualizar_texto.cfm?idtxt=32350&janela=1

Programa Mãe Paulistanahttp://ww2.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/saude/mae_paulistana/estrutura.asp

Parto Normal: mais segurança para a mãe e o bebê
http://portal.saude.gov.br/saude/visualizar_texto.cfm?idtxt=20911

Aborto em Portugal é lei há três anos

Há três anos, foi promulgada a Lei de Interrupção Voluntária da Gravidez (IVG) em Portugal. Uma vitória para o movimento feminista e para a sociedade portuguesa, além de ser um alento para que sigamos na nossa luta aqui no Brasil e na América Latina.
De acordo com o artigo, a vitória no plebiscito e a promulgação da lei não garantem que não haja um retrocesso, pois os setores mais conservadores continuam na ofensiva.

Leia a notícia completa logo abaixo ou no site do Bloco de Esquerda de Portugal: http://www.esquerda.net/opiniao/tr%C3%AAs-anos-de-ivg

No Brasil, em 2009, foram realizadas várias pesquisas de opinião sobre o Aborto. Veja o que pensam brasileiros e brasileiras:
http://catolicasonline.org.br/ListagemConteudos.aspx?cl=19

sexta-feira, 6 de junho de 2008

"Ela está morrendo de tanto sangrar"

O aborto é um gravíssimo problema de saúde pública e deve ser enfrentado fora do âmbito das políticas repressivas e excludentes

EÇA de Queiroz não imaginou que uma de suas maiores obras literárias, "O Crime do Padre Amaro", seria adaptada e materializada nas telas por Carlos Carrera para desvelar ao mundo o terrível drama de milhares de mulheres, vítimas da exclusão e da dominação de uma ideologia patriarcal.

No Brasil, o abortamento inseguro constitui uma das maiores causas de morte de gestantes, mas elas são, no dizer de Anibal Faundes e José Barcelatto, "só a ponta de um grande iceberg", pois centenas de milhares de mulheres continuam suportando terríveis conseqüências físicas e psíquicas em razão do abortamento realizado em condições precárias e inseguras ("O Drama do Aborto - Em Busca de um Consenso").

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segunda-feira, 26 de maio de 2008

Ato de Solidariedade às Mulheres do Mato Grosso do Sul

No Dia Internacional da Saúde das Mulheres, um ato de protesto e solidariedade será realizado em frente ao Tribunal de Justiça, em São Paulo, para lembrar que aborto é questão de saúde pública, não é caso de polícia!


Venha defender a democracia: hoje são elas, amanhã pode ser você!

28 de maio, 15h, em frente ao Tribunal de Justiça de São Paulo, na Praça da Sé s/n, ao lado da OAB.